"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata." Clarice Lispector
Joinha
Esses são vídeos coletados do Youtube. Então, por favor, clique, no título do vídeo, lado superior esquerdo, e o veja no próprio youtube. Assim você estará colaborando com o número de visualizações do vídeo e o próprio autor. Se você gostar, também dê um "joinha". Obrigadão!
30/12/2010
29/12/2010
22/12/2010
20/12/2010
19/12/2010
18/12/2010
16/12/2010
15/12/2010
13/12/2010
12/12/2010
11/12/2010
10/12/2010
09/12/2010
08/12/2010
07/12/2010
06/12/2010
Baseball Ninja
The reigning unbelievable wall leap of the moment goes to Hiroshima Toyo Carp's Masato Akamatsu, who turned in this unbelievable Spider-Man impression while robbing Yokohoma's Shuichi Murata of a home run.
03/12/2010
Christmas Flash Mob
http://www.AlphabetPhotography.com - On Nov.13 2010 unsuspecting shoppers got a big surprise while enjoying their lunch. Over 100 participants in this awesome Christmas Flash Mob. This is a must see!
This flash mob was organized by http://www.AlphabetPhotography.com to wish everyone a very Merry Christmas!
Special thanks to Robert Cooper and Chorus Niagara, The Welland Seaway Mall, and Fagan Media Group.
This flash mob was organized by http://www.AlphabetPhotography.com to wish everyone a very Merry Christmas!
Special thanks to Robert Cooper and Chorus Niagara, The Welland Seaway Mall, and Fagan Media Group.
30/11/2010
29/11/2010
28/11/2010
Ben Underwood - Mais vídeos e link
Este é um documentário sobre um garoto (Ben Underwood), que aprendeu usar a ecolocalização para navegar ao redor do mundo. Ben Underwood é cego, mas conseguiu fazer algumas proezas verdadeiramente extraordinário. Ben faleceu na manhã de 19 de janeiro de 2009, aos 16 anos.
http://www.benunderwood.com/
http://www.benunderwood.com/
27/11/2010
26/11/2010
25/11/2010
24/11/2010
O dia em que um sorriso parou São Paulo. (The day when a smile stopped Sao Paulo).
Vi esse vídeo no Blog da Rebeca
A Brastemp te ajuda a se inspirar para tornar a sua rotina mais leve. Este é o registro de uma ação da Brastemp realizada através de 11 estacões de rádio de São Paulo. As rádios trasmitiram simultaneamente o spot Sorriso, que convidava os motoristas a sorrir para o motorista ao lado.
(11 radio stations synchronized its spots to invite people to smile at the people in the car next to them).
A Brastemp te ajuda a se inspirar para tornar a sua rotina mais leve. Este é o registro de uma ação da Brastemp realizada através de 11 estacões de rádio de São Paulo. As rádios trasmitiram simultaneamente o spot Sorriso, que convidava os motoristas a sorrir para o motorista ao lado.
(11 radio stations synchronized its spots to invite people to smile at the people in the car next to them).
23/11/2010
22/11/2010
Vitória Martins
Hoje tomo a liberdade de postar um vídeo que vi no Blog do Rodrigo, para que mais pessoas possam compartilhar
A emocionante história da menina Vitória Martins, de 14 anos, que sofre com uma doença raríssima, incurável, chamada dermatite bolhosa distrófica, mas, apesar dos incômodos da enfermidade, sente que tem uma missão para cumprir.
Mantém hoje um pequeno grupo com aproximadamente 30 crianças e tem inspirado muitas pessoas a fazerem a diferença na obra de pregar os ensinamentos bíblicos. No caso dela, é mais do que pregar, sua própria vida tem sido um testemunho.
A emocionante história da menina Vitória Martins, de 14 anos, que sofre com uma doença raríssima, incurável, chamada dermatite bolhosa distrófica, mas, apesar dos incômodos da enfermidade, sente que tem uma missão para cumprir.
Mantém hoje um pequeno grupo com aproximadamente 30 crianças e tem inspirado muitas pessoas a fazerem a diferença na obra de pregar os ensinamentos bíblicos. No caso dela, é mais do que pregar, sua própria vida tem sido um testemunho.
21/11/2010
20/11/2010
Liu Wei - Turnê
Reuters, reuters.com, Atualizado: 19/11/2010 6:23
Pianista chinês sem braços fará turnê mundial
REUTERS
PEQUIM (Reuters Life!) - O pianista chinês sem braços Liu Wei fará sua primeira turnê mundial para apresentar sua habilidade especial, mostrando ao público internacional a destreza com os dedos dos pés.
Liu nasceu em Pequim e perdeu os dois braços aos 10 anos de idade quando foi eletrocutado durante uma brincadeira de esconde-esconde. Ele conquistou a fama no país tocando piano com os dedos do pé durante o show de talentos de sucesso 'China's Got Talent.'
A versão chinesa do programa estreou em maio, e a semifinal foi a mais vista no país.
Gravações de suas apresentações foram rapidamente difundidas pela Internet, transformando Liu em um sucesso imediato, semelhante a artistas que disputaram o 'Got Talent' em outros países, como Susan Boyle e Paul Potts.
Apesar de precisar de ajuda nas tarefas do dia-a-dia, como comer e beber, Liu estava determinado em treinar os dedos do pé para tocar o piano, e começou a aprender sozinho há cinco anos, praticando até sete horas por dia.
'Sinto que não sou diferente de outras pessoas. Perdi meus dois braços, mas ainda posso fazer as coisas de que gosto. Acho que é isso que outras pessoas valorizaram em mim', disse ele.
O itinerário de Liu inclui Hong Kong, Paris, Viena e Taipei.
(Reportagem da Reuters Television)
Pianista chinês sem braços fará turnê mundial
REUTERS
PEQUIM (Reuters Life!) - O pianista chinês sem braços Liu Wei fará sua primeira turnê mundial para apresentar sua habilidade especial, mostrando ao público internacional a destreza com os dedos dos pés.
Liu nasceu em Pequim e perdeu os dois braços aos 10 anos de idade quando foi eletrocutado durante uma brincadeira de esconde-esconde. Ele conquistou a fama no país tocando piano com os dedos do pé durante o show de talentos de sucesso 'China's Got Talent.'
A versão chinesa do programa estreou em maio, e a semifinal foi a mais vista no país.
Gravações de suas apresentações foram rapidamente difundidas pela Internet, transformando Liu em um sucesso imediato, semelhante a artistas que disputaram o 'Got Talent' em outros países, como Susan Boyle e Paul Potts.
Apesar de precisar de ajuda nas tarefas do dia-a-dia, como comer e beber, Liu estava determinado em treinar os dedos do pé para tocar o piano, e começou a aprender sozinho há cinco anos, praticando até sete horas por dia.
'Sinto que não sou diferente de outras pessoas. Perdi meus dois braços, mas ainda posso fazer as coisas de que gosto. Acho que é isso que outras pessoas valorizaram em mim', disse ele.
O itinerário de Liu inclui Hong Kong, Paris, Viena e Taipei.
(Reportagem da Reuters Television)
19/11/2010
18/11/2010
16/11/2010
Smile. Grow. Alive!: Por Fátima Ornellas
Do blog da Rebeca, um lindo texto de Fátima Ornellas
Smile. Grow. Alive!: Por Fátima Ornellas: "'Eu, incansável observadora do ser humano e psicóloga por vocação, reflito sobre a necessidade que alguns têm de fazer mal ao outro. Este ou..."
"Eu, incansável observadora do ser humano e psicóloga por vocação, reflito sobre a necessidade que alguns têm de fazer mal ao outro. Este outro que tanto incomoda talvez por ter o que lhes falta. Na verdade não suportam a falta, nem tampouco a frustração. Também não aceitam a solidão que freqüentemente atraem para si. Carentes de tudo e de todos, nada sabem sobre trocas afetivas. Tentam roubar a paz e infligir o sofrimento. Ao provocar o choro alheio, experimentam uma sensação de poder extremamente prazerosa. Comemoram sua capacidade de tornar o outro infeliz, como se fosse um grande mérito. Não sabem que a felicidade é uma conquista pessoal, que um momento triste certamente não se perpetuará se existir fé, amigos e acolhedores abraços.
Narcisos auto-admiradores, e lamentavelmente autodestrutivos, se envolvem em mentiras e envernizam suas inseparáveis máscaras diariamente. Plantam maledicência e dor e não sabem por que estão sempre tão sozinhos. Precisam de ajuda e humildade para recomeçar de forma diferente. Porém não adianta apenas desejar, é preciso que desejem muito e sinceramente, com todas as forças da alma.
Pra quem já incomodou algum Narciso, vale lembrar que “O choro pode durar uma noite, mas o sol sempre vem pela manhã”… Afinal, você tem fé, amigos e muitos abraços… O outro infelizmente ainda não.
Encontrei uma identificação. Apesar do meu caso ser absurdamente mais simples."
______________________________________________________________
Tia Fátima, sua filha permitiu que eu repostasse seu texto. Ficou lindo, eu amei.
Smile. Grow. Alive!: Por Fátima Ornellas: "'Eu, incansável observadora do ser humano e psicóloga por vocação, reflito sobre a necessidade que alguns têm de fazer mal ao outro. Este ou..."
"Eu, incansável observadora do ser humano e psicóloga por vocação, reflito sobre a necessidade que alguns têm de fazer mal ao outro. Este outro que tanto incomoda talvez por ter o que lhes falta. Na verdade não suportam a falta, nem tampouco a frustração. Também não aceitam a solidão que freqüentemente atraem para si. Carentes de tudo e de todos, nada sabem sobre trocas afetivas. Tentam roubar a paz e infligir o sofrimento. Ao provocar o choro alheio, experimentam uma sensação de poder extremamente prazerosa. Comemoram sua capacidade de tornar o outro infeliz, como se fosse um grande mérito. Não sabem que a felicidade é uma conquista pessoal, que um momento triste certamente não se perpetuará se existir fé, amigos e acolhedores abraços.
Narcisos auto-admiradores, e lamentavelmente autodestrutivos, se envolvem em mentiras e envernizam suas inseparáveis máscaras diariamente. Plantam maledicência e dor e não sabem por que estão sempre tão sozinhos. Precisam de ajuda e humildade para recomeçar de forma diferente. Porém não adianta apenas desejar, é preciso que desejem muito e sinceramente, com todas as forças da alma.
Pra quem já incomodou algum Narciso, vale lembrar que “O choro pode durar uma noite, mas o sol sempre vem pela manhã”… Afinal, você tem fé, amigos e muitos abraços… O outro infelizmente ainda não.
Encontrei uma identificação. Apesar do meu caso ser absurdamente mais simples."
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Tia Fátima, sua filha permitiu que eu repostasse seu texto. Ficou lindo, eu amei.
Irineu Regiani
A história de Irineu Regiani, que apesar de ser portador de deficiência física, se superou. Escreveu um livro e tornou-se vereador em Sarandi, próximo a Maringá, tornando-se um exemplo de dedicação. Hoje, encontra-se doente, inconsciente desde dezembro de 2008, após a descoberta de um câncer na cabeça. Este vídeo tem pelo menos 8 anos e torna-se público agora como homenagem a este grande homem. Maringá, fevereiro de 2009
15/11/2010
David Kate Jamie and Emily Ogg.avi
Abraço salva bebê dado como morto
Mãe colocou gêmeo prematuro perto do peito, e a criança voltou a respirarUma mãe australiana disse ao jornal britânico “Mail Online” que conseguiu salvar a vida do filho que nasceu prematuro de 27 semanas depois de ele ser considerado morto pelos médicos. Os especialistas falaram que Jamie Ogg, que nasceu com 900 gramas, não tinha chances de sobreviver. Enquanto a irmã gêmea, Emily, nasceu bem, Jamie lutou por 20 minutos, mas foi declarado morto.
Foi quando os médicos entregaram o bebê à mãe Kate e pediram para que ela e o pai se despedissem. Kate desenrolou Jamie do cobertor, colocou perto de seu peito e começou a conversar com ele. “Ele era muito mole. Seus pequenos braços e pernas estavam apenas caindo fora de seu corpo. Dissemos a ele qual era seu nome e que tinha uma irmã”, disse.
Depois de duas horas de conversar com o filho, tocá-lo e acariciá-lo, ele começou a mostrar sinais de vida. Em seguida, após sua mãe colocar um pouco de leite materno no dedo e dar a ele, o bebê começou a respirar.
Kate Ogg disse ao programa “Today Tonight”, do Canal 7, que seus bebês gêmeos, uma menina e um menino, nasceram prematuramente com apenas 27 semanas, pesando dois quilos cada. Após o parto, os médicos retiraram os bebês e declararam que Emily estava muito bem, mas informaram aos pais que, depois de lutar para salvar a sua vida, o menino parou de respirar. Perguntaram a Kate e seu marido David se tinham um nome para o menino. Ela disse: “Sim, Jamie”, e deram-lhe o bebê para segurar.
A história trouxe à tona no país a questão de quantos bebês foram abandonados depois que os médicos desistiram deles, quando se tivessem sido entregues às suas mães imediatamente após o nascimento, o contato pele a pele poderia ter estimulado as funções vitais. O método se chama “cuidado tipo canguru”, uma mãe abraçando um bebê recém-nascido em contato pele a pele.
Mãe colocou gêmeo prematuro perto do peito, e a criança voltou a respirarUma mãe australiana disse ao jornal britânico “Mail Online” que conseguiu salvar a vida do filho que nasceu prematuro de 27 semanas depois de ele ser considerado morto pelos médicos. Os especialistas falaram que Jamie Ogg, que nasceu com 900 gramas, não tinha chances de sobreviver. Enquanto a irmã gêmea, Emily, nasceu bem, Jamie lutou por 20 minutos, mas foi declarado morto.
Foi quando os médicos entregaram o bebê à mãe Kate e pediram para que ela e o pai se despedissem. Kate desenrolou Jamie do cobertor, colocou perto de seu peito e começou a conversar com ele. “Ele era muito mole. Seus pequenos braços e pernas estavam apenas caindo fora de seu corpo. Dissemos a ele qual era seu nome e que tinha uma irmã”, disse.
Depois de duas horas de conversar com o filho, tocá-lo e acariciá-lo, ele começou a mostrar sinais de vida. Em seguida, após sua mãe colocar um pouco de leite materno no dedo e dar a ele, o bebê começou a respirar.
Kate Ogg disse ao programa “Today Tonight”, do Canal 7, que seus bebês gêmeos, uma menina e um menino, nasceram prematuramente com apenas 27 semanas, pesando dois quilos cada. Após o parto, os médicos retiraram os bebês e declararam que Emily estava muito bem, mas informaram aos pais que, depois de lutar para salvar a sua vida, o menino parou de respirar. Perguntaram a Kate e seu marido David se tinham um nome para o menino. Ela disse: “Sim, Jamie”, e deram-lhe o bebê para segurar.
A história trouxe à tona no país a questão de quantos bebês foram abandonados depois que os médicos desistiram deles, quando se tivessem sido entregues às suas mães imediatamente após o nascimento, o contato pele a pele poderia ter estimulado as funções vitais. O método se chama “cuidado tipo canguru”, uma mãe abraçando um bebê recém-nascido em contato pele a pele.
14/11/2010
França cria praia para cegos
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/08/090831_praiacegos_is.shtml?s
Clique aqui para ver o vídeo
A cidade de Saint Jean de Luz, no sudoeste da França, instalou em uma praia equipamentos que permitem que os cegos nadem em segurança, graças a um sistema simples de rádio sem fio.
Boias com sensores de áudio colocadas no mar, com uma distância de 15 metros entre uma e outra, ajudam os cegos a se localizarem na água.
Cada um deles usa no pulso um aparelho parecido com um cronômetro. Quando eles apertam o botão, os sensores dizem exatamente onde eles estão em relação às boias. E há um botão de emergência, caso haja algum problema.
Pascal Andiazabal é um frequentador do local e o diz que o problema para nadadores cegos, como ele, é perder o senso de direção na água.
"Quando eu ouço as mensagens dos sensores dizendo perto de qual boia eu estou, eu sei onde estou e não fico desorientado", diz Andiazabal.
O custo de instalar o sistema ficou em cerca de 25 mil euros, mas o projeto ainda precisa de alguns ajustes.
"Isso aqui é uma baía com ondas e marés e, quando a maré está baixa, as boias com os sensores não ficam estáveis e isso precisa ser consertado", diz o vice-prefeito de Saint Jean de Luz, Ferdinand Echave.
Em várias partes do sul da França as praias estão sendo preparadas para receber cegos com segurança.
Clique aqui para ver o vídeo
A cidade de Saint Jean de Luz, no sudoeste da França, instalou em uma praia equipamentos que permitem que os cegos nadem em segurança, graças a um sistema simples de rádio sem fio.
Boias com sensores de áudio colocadas no mar, com uma distância de 15 metros entre uma e outra, ajudam os cegos a se localizarem na água.
Cada um deles usa no pulso um aparelho parecido com um cronômetro. Quando eles apertam o botão, os sensores dizem exatamente onde eles estão em relação às boias. E há um botão de emergência, caso haja algum problema.
Pascal Andiazabal é um frequentador do local e o diz que o problema para nadadores cegos, como ele, é perder o senso de direção na água.
"Quando eu ouço as mensagens dos sensores dizendo perto de qual boia eu estou, eu sei onde estou e não fico desorientado", diz Andiazabal.
O custo de instalar o sistema ficou em cerca de 25 mil euros, mas o projeto ainda precisa de alguns ajustes.
"Isso aqui é uma baía com ondas e marés e, quando a maré está baixa, as boias com os sensores não ficam estáveis e isso precisa ser consertado", diz o vice-prefeito de Saint Jean de Luz, Ferdinand Echave.
Em várias partes do sul da França as praias estão sendo preparadas para receber cegos com segurança.
James Aspland
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/04/100430_meninocego_ba.shtml
Menino cego aprende a se locomover usando técnica de morcegos
A nova técnica já está fazendo diferença, diz a mãe de Jamie
Um menino cego de quatro anos de idade está aprendendo a se locomover de maneira independente aprendendo a técnica de sonar usada por golfinhos para identificar objetos a sua volta.
James Aspland, do condado de Kent, na Inglaterra, é cego de nascença e está aprendendo a técnica com um especialista em mobilidade para deficientes visuais, o americano Daniel Kish, que perdeu a visão aos 13 anos e preside a organização Acesso ao Mundo para os Cegos.
A técnica envolve a emissão de estalos agudos com a língua para ouvir como eles reverberam nas superfícies próximas, ajudando um deficiente visual a localizar objetos e perceber seu tamanho - e seu posicionamento em relação a eles - pelo eco que eles produzem.
Técnicas semelhantes são usadas por animais como golfinhos e morcegos, mas como eles podem emitir sons muito mais agudos, sua percepção dos objetos é muito mais precisa e detalhada.
Segundo o jornal local Kent Messenger, Jamie será acompanhando por 12 meses por Kish, que dará ideias para seu treinamento. O especialista diz que a técnica ajuda a identificar objetos grandes, como prédios, a uma distância de até 100 metros.
Sua mãe, Debs Aspland, relatou uma ocasião em um parque, em que o filho conseguiu se desviar de uma cerca a tempo de evitar uma colisão.
O especialista, que treina pessoas no mundo todo, diz que 75% de seus “aprendizes” são crianças. Ele também pratica mountain bike e montanhismo, sempre utilizando a técnica.
Menino cego aprende a se locomover usando técnica de morcegos
A nova técnica já está fazendo diferença, diz a mãe de Jamie
Um menino cego de quatro anos de idade está aprendendo a se locomover de maneira independente aprendendo a técnica de sonar usada por golfinhos para identificar objetos a sua volta.
James Aspland, do condado de Kent, na Inglaterra, é cego de nascença e está aprendendo a técnica com um especialista em mobilidade para deficientes visuais, o americano Daniel Kish, que perdeu a visão aos 13 anos e preside a organização Acesso ao Mundo para os Cegos.
A técnica envolve a emissão de estalos agudos com a língua para ouvir como eles reverberam nas superfícies próximas, ajudando um deficiente visual a localizar objetos e perceber seu tamanho - e seu posicionamento em relação a eles - pelo eco que eles produzem.
Técnicas semelhantes são usadas por animais como golfinhos e morcegos, mas como eles podem emitir sons muito mais agudos, sua percepção dos objetos é muito mais precisa e detalhada.
Segundo o jornal local Kent Messenger, Jamie será acompanhando por 12 meses por Kish, que dará ideias para seu treinamento. O especialista diz que a técnica ajuda a identificar objetos grandes, como prédios, a uma distância de até 100 metros.
Sua mãe, Debs Aspland, relatou uma ocasião em um parque, em que o filho conseguiu se desviar de uma cerca a tempo de evitar uma colisão.
O especialista, que treina pessoas no mundo todo, diz que 75% de seus “aprendizes” são crianças. Ele também pratica mountain bike e montanhismo, sempre utilizando a técnica.
13/11/2010
Philippe Croizon cruza Canal da Mancha a nado
Um francês de 42 anos de idade que teve as pernas e os braços amputados após um acidente completou neste sábado a travessia a nado do Canal da Mancha, trecho de mar que separa a Grã-Bretanha e a França.
Philippe Croizon deixou a cidade inglesa de Folkestone às 6h45 da manhã (2h45 em Brasília) e nadou até a cidade de Cap Gris Nez, na costa da França, onde chegou por volta de 16h13 (horário de Brasília).
O nadador completou o trajeto de cerca de 34 km utilizando próteses especiais para as pernas e em um período mais curto que o previsto.
A equipe que apoia Croizon esperava que ele completasse a travessia em cerca de 24 horas, e não nas cerca de 13 horas e meia em que ele venceu o percurso.
Acidente
Há cerca de 16 anos, Croizon foi eletrocutado ao tentar remover uma antena de televisão do telhado de uma casa. Após o acidente, médicos tiveram que amputar seus quatro membros.
Depois da travessia, Croizon disse à BBC que em nenhum momento acreditou que não conseguiria completar o percurso, apesar das dores que sentia em todo o corpo.
O pai do nadador afirmou que ele foi beneficiado por condições favoráveis de vento e que ele teria sido inclusive acompanhado por três golfinhos durante um período, o que interpretou como “sinal de boa sorte”.
Croizon se preparou por cerca de dois anos para realizar a travessia.
Philippe Croizon deixou a cidade inglesa de Folkestone às 6h45 da manhã (2h45 em Brasília) e nadou até a cidade de Cap Gris Nez, na costa da França, onde chegou por volta de 16h13 (horário de Brasília).
O nadador completou o trajeto de cerca de 34 km utilizando próteses especiais para as pernas e em um período mais curto que o previsto.
A equipe que apoia Croizon esperava que ele completasse a travessia em cerca de 24 horas, e não nas cerca de 13 horas e meia em que ele venceu o percurso.
Acidente
Há cerca de 16 anos, Croizon foi eletrocutado ao tentar remover uma antena de televisão do telhado de uma casa. Após o acidente, médicos tiveram que amputar seus quatro membros.
Depois da travessia, Croizon disse à BBC que em nenhum momento acreditou que não conseguiria completar o percurso, apesar das dores que sentia em todo o corpo.
O pai do nadador afirmou que ele foi beneficiado por condições favoráveis de vento e que ele teria sido inclusive acompanhado por três golfinhos durante um período, o que interpretou como “sinal de boa sorte”.
Croizon se preparou por cerca de dois anos para realizar a travessia.
Internacionalização da Amazônia,
INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA
CRISTOVAM BUARQUE
Educador e político, nascido em Pernambuco, doutor em Economia, foi reitor da Universidade de Brasília e governador do Distrito Federal. Eleito Senador em 2002, é atualmente Ministro da Educação.(1)
------------------------------------------------------------------
Durante um debate em uma Universidade, nos Estados Unidos em 2001, Buarque foi questionado por um estudante — que disse solicitar a resposta de um humanista e não de um brasileiro — acerca da internacionalização da Amazônia. Sua resposta, brilhante, foi dada de improviso. Posteriormente Buarque escreveu-a, sob a forma de um artigo, que aqui reproduzimos.
------------------------------------------------------------------
"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate recente, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
CRISTOVAM BUARQUE
Educador e político, nascido em Pernambuco, doutor em Economia, foi reitor da Universidade de Brasília e governador do Distrito Federal. Eleito Senador em 2002, é atualmente Ministro da Educação.(1)
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Durante um debate em uma Universidade, nos Estados Unidos em 2001, Buarque foi questionado por um estudante — que disse solicitar a resposta de um humanista e não de um brasileiro — acerca da internacionalização da Amazônia. Sua resposta, brilhante, foi dada de improviso. Posteriormente Buarque escreveu-a, sob a forma de um artigo, que aqui reproduzimos.
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"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate recente, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
Doenças Esquecidas
[TVEFE] A cada dia morrem no mundo 8 mil pessoas em países pobres por causa das doenças que têm solução nos países desenvolvidos. Por isso, a organização "Médicos Sem Fronteiras" lançou na Espanha uma campanha com o objetivo de sensibilizar a sociedade. A ação quer "tornar visível" seis das 14 doenças "esquecidas": a do sonho, a tuberculose, a leishmaniose, o Mal de Chagas, a malária e a AIDS infantil.
07/11/2010
05/11/2010
FORA DO AR...
Por favor, me desculpem! Estou com problemas técnicos... sem meu companheiro notebook. Abraços,
23/10/2010
Clarice Lispector
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
22/10/2010
Quem está ao seu lado ?
Uma colaboração enviada pelo Rudi
Conta certa lenda,
que estavam duas crianças
patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada
e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou
e uma delas caiu,
ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso
e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas
as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram
e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo,
sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor,
para lhe dizer que não seria capaz..
Conta certa lenda,
que estavam duas crianças
patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada
e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou
e uma delas caiu,
ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso
e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas
as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram
e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo,
sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor,
para lhe dizer que não seria capaz..
21/10/2010
20/10/2010
Lígia Fonseca
Hoje vou postar um vídeo que vi no blog do Rodrigo Loyola.
Reportagem com Lígia Fonseca, ex-atleta de ginástica artística. Um belo exemplo de vida. 19/05/2010
Reportagem com Lígia Fonseca, ex-atleta de ginástica artística. Um belo exemplo de vida. 19/05/2010
Não fecha a porta, tá ?
Hoje vou postar uma video antigo, mais uma colaboração do Serginho. Acho que ele está se especializando em ser tradutor... rsrsrs...
19/10/2010
18/10/2010
17/10/2010
16/10/2010
15/10/2010
Pete skateboarding
This is Pete now famous skateboarding dog RIPPING the ramps at the SKATELAB in CALIFORNIA.These are just a few of the tricks that he can perform. He was trained with positive reinforcement, never abused in any ways, and he loves to do everything that you see on this video.
Esta é mais uma colaboração do Serginho! Obrigadão!
Esta é mais uma colaboração do Serginho! Obrigadão!
14/10/2010
09/10/2010
Doação de Sangue à japonesa - Essa você não vai querer perder!!!
créditos: Vimeo - by Roberto Maxwell
Cruz Vermelha abre centro de doação de sangue inspirado em quadrinhos japoneses.
Cruz Vermelha abre centro de doação de sangue inspirado em quadrinhos japoneses.
Solidariedade à japonesa from Roberto Maxwell on Vimeo.
3-year Old Piano Prodigy Richard Hoffmann
3-year Old Piano Prodigy Richard Hoffmann, who has learned to play music by the "rainbow method" designed by his mother in which notes and keys are matched with colors performs at the Pasadena Public Library.
08/10/2010
Marching Band - Admirável ! -
HighSchool Nishihara Marching Band, 04-05 Champions, At Nationals
Tenrikyo High School Band 2 - Documentário
7-12 year olds in Ishigaki Elementary School Marching Band prelim show in 1999. This show was about 90 days out from the Japanese Nationals.
Nishihara Marching Band 2005-2006 Exhibition at Nationals
Tenrikyo High School Band 2 - Documentário
7-12 year olds in Ishigaki Elementary School Marching Band prelim show in 1999. This show was about 90 days out from the Japanese Nationals.
Nishihara Marching Band 2005-2006 Exhibition at Nationals
07/10/2010
03/10/2010
02/10/2010
Apresentadora Cerrie, BBC
Apresentadora Cerrie, de um programa infantil da BBC.
Video postado no blog do Jairo Marques "Assim como você"
e legendado por Silvia Dutra
http://www.bbc.co.uk/cbeebies
Video postado no blog do Jairo Marques "Assim como você"
e legendado por Silvia Dutra
http://www.bbc.co.uk/cbeebies
30/09/2010
Supakitch e Koralie - Museu de Cultura Mundial de Gothenburg, Suécia
Serginho enviou esse vídeo muito legal!!! É uma arte!
SUPAKITCH & KORALIE - VÄRLDSKULTUR MUSEET GÖTEBORG from elr°y on Vimeo.
28/09/2010
Steve Wampler primeiro paralisado cerebral a escalar o El Capitan em Yosemite
O vídeo foi postado no Blog Assim como Você; clique abaixo:
"Assim como você" do jornalista Jairo Marques
O primeiro vídeo foi legendado por Silva Dutra, link abaixo:
Varanda da Sinhá Camiranga
"Assim como você" do jornalista Jairo Marques
O primeiro vídeo foi legendado por Silva Dutra, link abaixo:
Varanda da Sinhá Camiranga
27/09/2010
25/09/2010
A fonte da juventude chama-se "mudança" - Lya Luft
“Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo.
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se ‘mudança’.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.
Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...”
Lya Luft
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se ‘mudança’.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.
Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...”
Lya Luft
Transitar pelas calçadas - Campanha BBDO
Excelente filme de uma campanha portuguesa, que diz respeito a dificuldade de uma pessoa com deficiência em transitar pelas calçadas.
Esse filme foi feito pela BBDO (agência de publicidade de âmbito mundial, com sede em Nova Iorque) e foi finalista em Cannes. Não deixe de assistir, é comovente e conscientizador!
Leia mais: no BLOG DEFICIENTE CIENTE (link:)
http://www.deficienteciente.com.br/2010/09/filme-de-uma-campanha-portuguesa.html
Esse filme foi feito pela BBDO (agência de publicidade de âmbito mundial, com sede em Nova Iorque) e foi finalista em Cannes. Não deixe de assistir, é comovente e conscientizador!
Leia mais: no BLOG DEFICIENTE CIENTE (link:)
http://www.deficienteciente.com.br/2010/09/filme-de-uma-campanha-portuguesa.html
23/09/2010
Mary e Max - “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana ...
Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais. Dos criadores do vencedor do Oscar de curta de animação Harvie Krumpet.
CRÍTICA DE CINEMA POR FRED BURLE:
Estreia de Adam Elliot na direção de longas metragens – anteriormente, ele havia dirigido curtas como Harvey Krumpet, vencedor do Oscar 2003 de melhor curta animado – Mary e Max é uma dessas agradáveis surpresas que o cinema nos reserva. Abriu o Festival de Sundance, ganhou o Crystal Bear (prêmio para a nova geração) no Festival de Berlim 2009, entre outros.
Desenvolvido com a técnica do stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um novaiorquino de 44. Ela é gordinha, desajeitada, muito curiosa; sua mãe é uma alcoólatra depressiva e seu pai trabalha numa fábrica de pregar cordões nos saquinhos de chá. Ele é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, recluso em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate (!). Ambos são cheios de pensamentos filosóficos sobre a vida, que só diferenciam-se pela diferença etária. Quem nunca fez as perguntas de Mary quando criança? Quem nunca teve pensamentos de tangência com a teoria de Max, em algum momento da vida?
Inicialmente, é possível pensar que trata-se de uma animação de história engraçadinha e clichê, mas o que se vê é um drama cômico envolto por diversas camadas, que se mostram aos poucos para o público e impressiona pela densidade do roteiro e pelos rumos inesperados que história toma.
A animação tem como principal fonte de humor a complementação imagem-narração. A graça advém da irônica controvérsia entre o que é mostrado e o que é falado.
O filme critica a sociedade-do-pouco-contato em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias dos personagens, não só dos protagonistas como também dos coadjuvantes, como a mãe e o vizinho de Mary; a vizinha e os cidadãos que Max observa.
Mary “vê” tudo em tons marrons, enquanto que Max “vê” tudo em preto-e-branco. O que acontece quando as duas visões de mundo se encontram é tristonho, mas profundo e muito bonito. A sensação tida, quem sabe, pode ser a de comer leite condensado na lata, com o seu melhor amigo.
Como disse a escritora Ethel Mumford: “Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos”.
Mary e Max (os personagens e o filme), encantam e emocionam do começo ao fim, assim como a bela trilha sonora instrumental. Uma overdose muito bem vinda de originalidade.
Uma frase, aparentemente simples, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”.
Se for para viver uma história linda e ímpar como a de Mary e Max, eu prefiro que a minha calçada seja bem defeituosa. Só procuraria um pouco de tinta para pintar o meio-fio!
CRÍTICA DE CINEMA POR FRED BURLE:
Estreia de Adam Elliot na direção de longas metragens – anteriormente, ele havia dirigido curtas como Harvey Krumpet, vencedor do Oscar 2003 de melhor curta animado – Mary e Max é uma dessas agradáveis surpresas que o cinema nos reserva. Abriu o Festival de Sundance, ganhou o Crystal Bear (prêmio para a nova geração) no Festival de Berlim 2009, entre outros.
Desenvolvido com a técnica do stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um novaiorquino de 44. Ela é gordinha, desajeitada, muito curiosa; sua mãe é uma alcoólatra depressiva e seu pai trabalha numa fábrica de pregar cordões nos saquinhos de chá. Ele é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, recluso em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate (!). Ambos são cheios de pensamentos filosóficos sobre a vida, que só diferenciam-se pela diferença etária. Quem nunca fez as perguntas de Mary quando criança? Quem nunca teve pensamentos de tangência com a teoria de Max, em algum momento da vida?
Inicialmente, é possível pensar que trata-se de uma animação de história engraçadinha e clichê, mas o que se vê é um drama cômico envolto por diversas camadas, que se mostram aos poucos para o público e impressiona pela densidade do roteiro e pelos rumos inesperados que história toma.
A animação tem como principal fonte de humor a complementação imagem-narração. A graça advém da irônica controvérsia entre o que é mostrado e o que é falado.
O filme critica a sociedade-do-pouco-contato em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias dos personagens, não só dos protagonistas como também dos coadjuvantes, como a mãe e o vizinho de Mary; a vizinha e os cidadãos que Max observa.
Mary “vê” tudo em tons marrons, enquanto que Max “vê” tudo em preto-e-branco. O que acontece quando as duas visões de mundo se encontram é tristonho, mas profundo e muito bonito. A sensação tida, quem sabe, pode ser a de comer leite condensado na lata, com o seu melhor amigo.
Como disse a escritora Ethel Mumford: “Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos”.
Mary e Max (os personagens e o filme), encantam e emocionam do começo ao fim, assim como a bela trilha sonora instrumental. Uma overdose muito bem vinda de originalidade.
Uma frase, aparentemente simples, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”.
Se for para viver uma história linda e ímpar como a de Mary e Max, eu prefiro que a minha calçada seja bem defeituosa. Só procuraria um pouco de tinta para pintar o meio-fio!
22/09/2010
20/09/2010
Komachan - Esporte do baston - World Baton Twirling
A crescente popularidade do esporte do bastão...
2003 Gold Medalist Keisuke Komada at the 2003 World Championships in Barcelona, Spain.
2001 Bronze Medalist Keisuke Komada at the 2001 World Championships in Paris. France.
2003 Gold Medalist Keisuke Komada at the 2003 World Championships in Barcelona, Spain.
2001 Bronze Medalist Keisuke Komada at the 2001 World Championships in Paris. France.
19/09/2010
17/09/2010
Tobu World Square Nikko Japan
Esta é mais uma colaboração do Serginho Naka. Muito legal e interessante! Quero visitar! Para ver mais fotos, clique no link abaixo:
http://www.underflash.com/tobu-world-square-o-mundo-todo-em-um-lugar?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+underflash-com+%28UNDERFLASH.com%29
http://www.underflash.com/tobu-world-square-o-mundo-todo-em-um-lugar?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+underflash-com+%28UNDERFLASH.com%29
15/09/2010
12/09/2010
Berlin Fashion Week - Moda inclusiva
Equolivre - Londrina PR - Equoterapia
Vídeo Documentário sobre Equoterapia, que é um método terapêutico que utiliza o cavalo na reabilitação de pessoas com deficiência e necessidades especiais. Foi produzido no ano de 2008 em Londrina/PR.
11/09/2010
FinalSports - Paraolimpíadas Escolares: Definidos todos os campeões em São Paulo
A foto é do CPB e a reportagem abaixo do FinalSports (clique no link abaixo)
FinalSports - Paraolimpíadas Escolares: Definidos todos os campeões em São Paulo
Paraolimpíadas Escolares: Definidos todos os campeões em São Paulo
10/09/2010 - 22:54:50 - por FS & AI Media Guide Comunicação
A sexta-feira foi dia de festa nas Paraolimpíadas Escolares. Depois de três dias de competição, os atletas de todo o país puderam enfim soltar o grito de campeão. Numa bela tarde de sol, os tenistas paraolímpicos deram um show de técnica e alto-rendimento. Numa partida equilibrada, a brasiliense Natalia Mayara venceu o paulista Pedro Rocha, na final da categoria B, no tie-break (6/2, 1/6 e 10/8).
Pedro e Natalia são duas grandes apostas da comissão técnica do tênis. Neste ano, eles já se enfrentaram outras duas vezes, com duas vitórias da brasiliense.
Na final da categoria A, o goiano Pedro Fernandes superou o brasiliense Diego Costa, que vinha surpreendo a todos, por ter apenas duas semanas de treinos. A partida terminou em 8/5 (pró-set) para Fernandes. Na final de duplas, categoria A, a equipe de Brasília, novamente com Natalia Mayara e Ester Duarte venceu a dupla mista, com, novamente, Pedro Rocha e a carioca Rebeca Allemand.
A qualidade técnica apresentada pelos tenistas impressionou o público. Em destaque, o atleta Antenor Zuchetto, de 79 anos, primeiro brasileiro na categoria 75 a 80 anos, decidiu presentear os competidores com medalhas conquistadas ao longo de sua carreira. Ao receberem a surpresa, a comoção dos jovens atletas foi expressiva.
O grande campeão da modalidade foi o Distrito Federal, com 39 pontos. Em segundo lugar, Goiás (28) e logo em seguida Minas Gerais, que anotou 14.
- Rio de Janeiro confirma liderança no atletismo
O Rio de Janeiro, estado que sediará os Jogos Paraolímpicos de 2016, mostrou força nas Paraolimpíadas Escolares 2010. A garotada carioca marcou 345 pontos, conquistando o topo no ranking por medalhas do atletismo. São Paulo apareceu em segundo, com 298 pontos, e o Distrito Federal veio em seguida, com 266. Minas Gerais (230) e Santa Catarina (214) ficaram, respectivamente, com os 4º e 5º lugares entre as 22 unidades da federação participantes.
O Rio terminou a competição com 24 ouros, 11 pratas e dez bronzes. São Paulo levou 17 ouros, 18 pratas e sete bronzes. Os brasilienses tiveram 15 ouros, oito pratas e 11 bronzes.
Mesmo não competido no último dia de provas, Viviane Soares foi um dos diferencias para o bom desempenho do Rio de Janeiro. A garota, de 14 anos, levou dois ouros na competição, nos 100m (13s73) e nos 300m (45seg9), e mostrou ser uma das grandes promessas do atletismo paraolímpico nacional.
Um dos técnicos da modalidade, Fabio Breda, avaliou que apareceram alguns jovens atletas promissores como Mateus Evangelista (F37), no lançamento da pelota (53m67); Cleisson da Silva (F44) também no lançamento da pelota, com 69m, e Ana Paula (T13) no salto, com 4m10.
- Natação com presença ilustre
Nem o cansaço após a sequência de competições desanimou os jovens nadadores brasileiros. Muitos dos atletas recém chegados do Mundial Junior Iwas, que ocorreu a apenas duas semanas, na República Tcheca, caíram novamente nas piscinas para ajudarem as delegações dos seus estados a conquistarem boas colocações nas Paraolimpíadas Escolares 2010.
Com 319 pontos, Rio de Janeiro foi campeão, seguido por São Paulo (248) e Minas Gerais (238). Um dos destaques foi o carioca Caio Amorim (S8), atual recordista dos 400m livre e 100m costas, que teve menos de uma semana de descanso, já que nadou o Mundial, o Circuito e agora as Paraolimpíadas.
Após os bons resultados, os técnicos nacionais avaliaram que o nível apresentado foi interessante. Em especial, destaque para a atleta Ana Luiza Mendes, atualmente classificada na classe S10. Segundo Gustavo Abrantes, coordenador técnico nacional da modalidade, a garota de 16 anos chamou a atenção pelos tempos alcançados nos 400m livre e nos 100m costas, e, por isso foi escolhida a revelação da competição.
Daniel Dias, que levou oito ouros no último Mundial, foi a presença ilustre do dia. O multicampeão visitou, nesta manhã, as últimas provas das Paraolimpíadas Escolares.
- Pará se destaca no voleibol sentado
O estado do Pará foi o grande campeão do voleibol sentado das Paraolimpíadas Escolares 2010. Com atuações impecáveis durante a competição, a equipe paraense não perdeu nenhum set sequer e conquistou todos os 12 pontos disputados. A medalha de prata ficou com São Paulo e o Distrito Federal completou o pódio.
A competitividade entre as equipes marcou a disputa no voleibol sentado. Até o segundo dia de competições o Rio de Janeiro estava em segundo lugar, mas uma derrota para o Distrito Federal fez a equipe terminar na quarta colocação. São Paulo e DF terminaram empatados com oito pontos, mas por ter uma média melhor nos pontos average (diferença entre pontos pró e contra), os paulistas ficaram com o vice-campeonato.
Atleta revelação da etapa Norte e Nordeste das Paraolimpíadas Escolares, o paraense Ruan Souza, de 16 anos, foi eleito o melhor jogador da competição nacional. Ruan, que pratica o esporte há um ano e meio, treina quatro horas por dia, durante três vezes na semana.
- Bocha Paraolímpica
Os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul foram os melhores colocados nas provas de bocha das Paraolimpíadas Escolares 2010.
Destaque para a catarinense Bruna Fabiane dos Santos, primeira colocada na classe BC3. Em segundo, ficou o também catarinense Paulo Roberto Perão, seguido pela carioca Nathalia Brandão da Silva.
Na BC1, a carioca Tamna da Costa venceu o favorito e também carioca Nicholas Brandão. Karyene Kraemer, do Mato Grosso do Sul, ficou em terceiro.
Outro atleta do Rio de Janeiro, Lucas de Araujo, foi o destaque na BC2. Andre Uhlman, de Santa Catarina, e a mineira Patrícia Freitas ficaram com os segundo e terceiro lugares.
Na classe BC4, o mineiro Leonardo Caroni ficou com a medalha de ouro. Os mato-grossenses João Carlos da Silva e Maycon Douglas Almiron completaram o pódio.
- No goalball, DF e PA se destacam
No goalball, Distrito Federal e Pará se destacaram: enquanto os brasilienses chegaram à final tanto no feminino quanto no masculino, os paraenses tiveram os dois melhores atletas da competição.
Na final entre as meninas, Minas Gerais e Distrito Federal fizeram um jogo equilibradíssimo. A igualdade no placar foi constante. A partida terminou igual nos seis gols. As mineiras, no entanto, foram mais fortes e, no gol de ouro, levaram o título. Minas Gerais 7 a 6 Distrito Federal.
No masculino, os brasilienses levaram a melhor. Derrotaram o Pará por 9 a 8 no tempo normal e conquistaram o título. Também foi uma partida difícil, mas a equipe do DF se manteve sempre à frente. Para completar, o destaque do time, Leomon Silva, foi o artilheiro da competição.
Apesar de não ter chegado à final, a paraense Jéssica Alves foi a artilheira da competição com 19 gols e foi eleita a melhor atleta do goalball.
O discurso foi o mesmo de Leandro Souza, eleito o melhor entre os meninos. O paraense de 17 anos não esperava o título.
“Fiquei muito feliz de ter meu trabalho reconhecido. Agora é treinar mais e mais.”
- Futebol
No futebol de 7 para paralisados cerebrais a festa foi carioca. O Rio de Janeiro goleou a equipe do Mato Grosso do Sul por 9 a 3, nesta sexta-feira à tarde, e conquistou o título de campeão invicto das Paraolimpíadas Escolares. Os sul-mato-grossenses ficaram em segundo, com três vitórias e uma derrota. O Distrito Federal terminou em terceiro, com duas vitórias.
Mato Grosso do Sul saiu na frente na partida decisiva, abrindo o placar em menos de dois minutos. O Rio de Janeiro virou para 2 a 1, mas Mato Grosso do Sul empatou novamente. Daí em diante, os cariocas dominaram. Quando a partida estava 7 a 3, a oito minutos do fim, Claudemir, do Rio, deu uma entrada dura foi expulso.
Mas os sul-mato-grossenses não conseguiram aproveitar a vantagem numérica. Ao contrário, seis minutos depois, Augusto derrubou Fabinho na frente do gol com violência e também levou vermelho. Com a igualdade de seis jogadores em campo de cada lado, o Rio de Janeiro aproveitou para ampliar o placar: 9 a 3.
Fabinho, com 14 gols, foi eleito o artilheiro da competição e apontado pelo técnico carioca, Paulo Cruz, como o diferencial da equipe. Atleta da seleção brasileira aos 18 anos, ele explica a fórmula do sucesso.
“É só tocar a bola e aparecer na frente”, explica.
No futebol de 5 para cegos, Minas Gerais se sagrou campeã ao vencer a Paraíba por 7 a 1. Os mineiros ainda tiveram o artilheiro da competição: Welton com 16 gols.
Na disputa do terceiro lugar, o Rio de Janeiro derrotou a Bahia por 1 a 0.
- Judô
O carioca Bruno Marques quase não acreditou quando ouviu seu nome ser anunciado como o atleta destaque do judô para cegos nas Paraolimpíadas Escolares. Bruno foi campeão meio-médio ao vencer o potiguar Arthur Felipe.
“Dei o melhor de mim, não acreditava que poderia ser o melhor do campeonato, mas isso é resultado de muito treino”, comemorou.
Nas Paraolimpíadas Escolares do ano passado, em Brasília, Bruno conquistou a prata. Reflexo do crescimento da modalidade.
- Tênis de mesa
O tênis de mesa, que teve suas partidas na quarta-feira, teve a catarinense Bruna Costa, campeã mundial, como destaque feminino. Bruna confirmou o favoritismo e venceu as 4 partidas que disputou sem perder nenhum set. O destaque masculino fica com o mesatenista Paulo Salmin. O paulista também venceu as 4 partidas que disputou, com vitória em todos os sets.
- Campeão geral
Às 20h, os campeões gerais serão anunciados na cerimônia de encerramento, no Anhembi Parque. O resultado final será divulgado no site do Comitê Paraolímpico Brasileiro e pelo twitter @cpboficial.
- A competição
Retomada ano passado, as Paraolimpíadas Escolares cresceram. Em 2010 contaram com 300 atletas a mais, competindo em dez modalidades: atletismo, natação, futebol de 5 para cegos, futebol de 7 para paralisados cerebrais, judô, goalball, bocha, tênis de mesa e as estreantes tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Além disso, os estados de Goiás e Rio Grande do Sul fizeram sua estreia na competição.
10/09/2010
Mais Paraolimpíadas Escolares 2010
Repórter: Flávia Cavalcante
O esporte como ferramenta de superação. 800 jovens, de 14 a 20 anos de idade, participam em São Paulo das paraolimpíadas escolares, a maior competição para atletas nesta faixa etária em todo o mundo. O evento também busca revelar talentos para o mundial de 2016 no Rio de Janeiro.
O esporte como ferramenta de superação. 800 jovens, de 14 a 20 anos de idade, participam em São Paulo das paraolimpíadas escolares, a maior competição para atletas nesta faixa etária em todo o mundo. O evento também busca revelar talentos para o mundial de 2016 no Rio de Janeiro.
09/09/2010
08/09/2010
Parabéns aos atletas! Paraolimpíadas Escolares 2010
07/09/2010
06/09/2010
Os IPÊS estão floridos
transcrito do site: http://www.rubemalves.com.br/osipesestaofloridos.htm
Os ipês estão floridos
"Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido. A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.
Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal - abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está prá chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.
Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir. Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto. A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranqüilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.
Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.
Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
Primeiro movimento, “Ipê Rosa”, andante tranqüilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.
Segundo movimento, “Ipê Amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.
Terceiro movimento, “Ipê Branco”, moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança. Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina... (Tempus Fugit, pág. 12). "
Os ipês estão floridos
"Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido. A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.
Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal - abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está prá chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.
Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir. Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto. A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranqüilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.
Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.
Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
Primeiro movimento, “Ipê Rosa”, andante tranqüilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.
Segundo movimento, “Ipê Amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.
Terceiro movimento, “Ipê Branco”, moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança. Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina... (Tempus Fugit, pág. 12). "
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