Rebeca enviou essa colaboração:
«O cérebro não se aposenta, o importante é mantê-lo em atividade. O meu funciona como quando eu tinha vinte anos, nem bem nem mal, mas o máximo do meu potencial”. Este é o cérebro de Rita Levi-Montalcini, Prêmio Nobel de Medicina e senadora vitalicia. Hoje, com 100 anos, nunca parou de trabalhar : O segredo da minha vitalidade é que eu vivo de hora em hora, constantemente envolvida com pesquisas científicas e com os problemas sociais. Eu não tenho tempo para pensar em mim… Minha vitalidade é derivada da total indiferença por mim mesma. Sublinha com enfase, as últimas palavras.
Dra. Rita Levi-Montalcini nasceu em Turím, Itália, em 22 de abril de 1909, obteve o título de Medicina na especialidade de Neurocirurgia e é Presidente Honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla. Recebeu o Prêmio Nobel de Medicina há 21 anos, quando tinha 77.
Meu cérebro vai ter um século… mas não conhece a senilidade… Não posso evitar que o corpo se enrugue, mas o meu cérebro posso mantê-lo jovem. Possuímos grande plasticidade neural: mesmo quando os neurônios morrem, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, mas para isso é conveniente estimulá-los! Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faça ele trabalhar e ele nunca irà se degenerar. Afirma o Prêmio Nobel.
Diz ainda, a célebre pesquisadora, que a razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos: discernir entre o bem e o mal é o mais alto grau da evolução darwiniana.
“Desde jovem, meu desejo era ir para a África, encontrar Albert Schweitzer, para cuidar dos leprosos. Hoje, dedicar-me a ajudar os outros é o que conta. Devemos ter uma total dedicação para com quem precisa de ajuda, especialmente as populações que são mais exploradas, como a da África, principalmente as mulheres que fora arruinadas, fisica e psicologicamente.
Sua curiosidade intelectual não se limita ao estudo da teoria científica, ela também tem sido sempre interessada em mudanças na sociedade humana. Sua não é feita simplesmente por interesse científico. Ela também tem uma forte crença e uma mensagem para o nosso futuro: é fundamental para as pessoas, de um ponto de vista científico, ter um objetivo, que inclua a ajuda àqueles que não têm o privilégio de pertencer à elite científica e tecnologica.
E conclui com determinação: Devemos nos esforçar para o controle e uso do neocórtex, em vez do sistema límbico, a fim de controlar nossas ações e comportamentos.
Nosso futuro se encontra em nosso cérebro.
"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata." Clarice Lispector
Joinha
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